RESUMO
O debate sobre o desemprego tecnológico se acentua quando as inovações disruptivas ganham destaque, como é o caso recente da inteligência artificial. No entanto, tais análises frequentemente ignoram o crescimento econômico e a demanda agregada no tratamento do desemprego. Este artigo analisa o que vem acontecendo com os empregos no Brasil a partir da decomposição estrutural da Matriz Insumo-Produto. O que constatamos é que, com exceção da agricultura, os setores foram geradores de empregos de 2000 a 2015. Além disso, os ganhos de demanda foram capazes de compensar as perdas de empregos decorrentes do progresso tecnológico.
PALAVRAS-CHAVE:
Matriz de Insumo-Produto; mudança estrutural; desemprego tecnológico; crescimento da demanda