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Uma análise estruturalista da inflação e da estabilização* * Revisado em agosto de 1991. Agradecemos os comentários de Stephen Marglin, Lance Taylor, Alain Lipietz e Jaime Ros, bem como o trabalho editorial de Erich Antelo. Traduzido por Ricardo Borges Costa.

A structuralist analysis of inflation and stabilization

RESUMO

Este artigo desenvolve um modelo em que o conflito distributivo entre capital e trabalho é a força motriz que gera pressões inflacionárias em uma economia de mercado. No modelo, a taxa de inflação é uma função da capacidade das empresas de repassar aumentos de custos a preços e do poder relativo das associações de trabalhadores e empregados no processo de negociação coletiva. Um dos principais resultados dessa estrutura analítica é que a estrutura das relações capital/trabalho em um país, o processo de negociação coletiva e a estrutura das organizações sindicais são importantes determinantes das pressões inflacionárias. Como resultado, as reformas institucionais que promovem a cooperação nas relações capital/trabalho são de grande importância nas políticas de estabilização, para que os custos sociais da estabilização sejam minimizados. A seção resume os principais pontos do artigo.

PALAVRAS-CHAVE:
Inflação; estabilização; conflito distributivo

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