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Existe na agricultura brasileira um setor que corresponde ao "family farming" americano?

Neste artigo procura-se mostrar a heterogeneidade da agricultura brasileira, que está composta por um segmento altamente produtivo e eficiente, de tipo patronal empresarial; um segmento também eficiente e rentável, de tipo familiar empresarial; e um segmento de agricultores familiares pobres ou camponeses que produz para autoconsumo, mora no estabelecimento, gera emprego para os filhos, e que não migra porque seu custo de oportunidade para migrar é baixo. A inexistência de economias de escala na agricultura, a baixa lucratividade da atividade em função da baixa rotatividade do capital fixo, o ambiente concorrencial do mercado agrícola e os riscos que atingem a atividade (clima, pragas e preços) fazem com que não haja interesse em monopolizá-lo por um setor único de produtores, o que abre espaço, portanto, para a coexistência entre setores heterogêneos do meio rural, cada um com sua própria lógica e seus próprios interesses e reivindicações.

Agricultura familiar; heterogeneidade; resiliência


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