Resumo:
O paradigma reducionista e disciplinar da Revolução Verde coexiste com o paradigma emergente da complexidade, o qual valoriza o holístico e o interdisciplinar. A Agroecologia promove a necessidade de compreender as múltiplas relações biofísicas existentes nos agroecossistemas, e isso exige o desenvolvimento de novas ferramentas metodológicas. Os indicadores de sustentabilidade são um exemplo disso. No entanto, sua implementação não é simples, pois requer um instrumento que simplifique a construção de tais indicadores. O objetivo deste trabalho é utilizar o “mapa mental” como guia para o desenvolvimento e a aplicação de indicadores. O gráfico segue o caminho conceitual que facilita o entendimento da variável e sua desagregação em unidades de análise menores e mensuráveis, ou seja, os indicadores. O mapa mental criado possui duas etapas: o desenvolvimento dos indicadores e sua aplicação. Sua utilidade é apresentada em um estudo de caso que aborda o conhecimento ambiental local (LEK). Os resultados deste trabalho mostram que a complexidade pode ser traduzida em variáveis quantificáveis, mensuráveis e comparáveis, sem que isso represente a perda de suas características. Além disso, comprova que a ferramenta criada facilita a avaliação e a compreensão do funcionamento dos agroecossistemas, o que contribui para a tomada de decisões.
Palavras-chave:
agroecologia; indicadores; sustentabilidade; mapa conceitual; agrobiodiversidade; complexidade