Resumo
Objetivo:
Determinar a razão oferta/necessidade de procedimentos relacionados com o diagnóstico e assistência à doença renal crônica no Sistema Único de Saúde (SUS), no estado de São Paulo, Brasil, 2019.
Métodos:
Estudo descritivo, utilizando dados dos sistemas de informações ambulatoriais e hospitalares do SUS. Os números de consultas médicas e exames diagnósticos e de acompanhamento da doença renal realizados no período foram comparados com as estimativas de necessidade obtidas por diretrizes ministeriais.
Resultados:
Usuários exclusivos do SUS eram 28.791.244, e indivíduos com hipertensão e/ou diabetes mellitus, 5.176.188. O número de procedimentos realizados e a razão entre esse número e a necessidade da população foram de 389.414 consultas com nefrologista (85%); 11.540.371 dosagens de creatinina sérica (223%); 705.709 dosagens de proteinúria (14%); 438.123 ultrassonografias renais (190%); e 1.045 biópsias renais (36%).
Conclusão:
Na assistência à doença renal crônica no SUS existem, simultaneamente, falta de oferta, desperdício e rastreamento deficiente de procedimentos importantes.
Palavras-chave:
Insuficiência Renal Crônica; Atenção Primária à Saúde; Planejamento em Saúde; Sistema Único de Saúde; Epidemiologia Descritiva