RESUMO
Objetivo:
Avaliar a incompletude das variáveis da Classificação de Robson no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do Paraná e sua tendência, 2014-2020.
Métodos:
Estudo de séries temporais que analisou seis variáveis, segundo macrorregionais de saúde. Classificou-se a incompletude (percentual de campos “ignorados” e “em branco”) em: excelente (< 1,0%); bom (1,0-2,9%); regular (3,0-6,9%); ruim (≥ 7,0%). Utilizou-se regressão de Prais-Winsten para estimar tendências.
Resultados:
Foram avaliados 1.089.116 nascimentos. A variável “cesárea antes do trabalho de parto iniciar” classificou-se como ruim, em 2014 (39,4%) e 2015 (44,3%), no estado, e em todas as macrorregionais, porém com tendência decrescente de incompletude. As variáveis “idade gestacional” no Norte e Noroeste, e “paridade” e “número de fetos” no Noroeste apresentaram tendência crescente.
Conclusão:
A maioria das variáveis avaliadas mostrou baixos percentuais de incompletude com tendência decrescente, mas é preciso melhorar o preenchimento de algumas variáveis.
Palavras-chave:
Cesárea; Sistemas de Informações em Saúde; Epidemiologia Descritiva; Estatísticas Vitais
Contribuições do estudo
Principais resultados
A maioria das variáveis apresentou baixo percentual e tendência decrescente de incompletude. Necessário aumentar o grau de preenchimento das variáveis “cesárea antes do trabalho de parto iniciar” e “trabalho de parto foi induzido”.
Implicações para os serviços
O baixo percentual de incompletude nos dados do SINASC contribui para a boa qualidade da Classificação de Robson, que pode ser utilizada para reduzir as elevadas taxas de cesárea.
Perspectivas
Proposição de estratégias para garantir a boa qualidade dos dados, sobretudo das variáveis com completude ‘regular’ e ‘ruim’, com treinamento para preenchimento das informações e qualificação dos profissionais para uso da Classificação de Robson.