RESUMO
Objetivo
Descrever o perfil dos casos de mpox na cidade do Rio de Janeiro, entre junho e novembro de 2022.
Métodos
Estudo descritivo de dados secundários das fichas de notificação de mpox. Foram analisados dados socioeconômicos, clínicos e espaciais.
Resultados
Dos 928 casos, 93,7% foram do sexo masculino, 85,0% homem cisgênero, 65,6% homossexual, 41,8% entre 30 e 39 anos e 41,0% brancos. Apresentavam imunodepressão por doença 34,5%, e 41,9% informaram sorologia positiva prévia para vírus da imunodeficiência humana. Os sinais e sintomas mais prevalentes foram: lesões cutâneas (96,6%), especialmente com manifestações múltiplas (67,8%) e em região genital (46,1%), além de febre (58,3%), adenomegalia (43,3%) e cefaleia (38,7%). A maioria das notificações ocorreu na rede pública (81,3%) e na atenção hospitalar (51,3%).
Conclusão
O estudo revelou maior incidência de mpox entre homens cisgênero, autodeclarados de cor branca e homossexual. A maioria dos casos teve apresentação leve evoluindo para cura sem hospitalização.
Palavras-chave
Monkeypox; Surto; Epidemiologia; Vigilância em Saúde Pública; Saúde Pública
Contribuições do estudo
Principais resultados
Os casos notificados de mpox na cidade do Rio de Janeiro concentraram-se principalmente em homens de 30 a 39 anos. A maioria apresentou quadro leve evoluindo para cura sem hospitalização.
Implicações para os serviços
O perfil pode contribuir para o direcionamento das políticas locais de assistência à saúde, direcionando ações de prevenção e promoção da saúde.
Perspectivas
Investigações adicionais podem contribuir para a ampliação do conhecimento da doença. Investimento em vigilância em saúde faz-se necessário para resposta a emergências de saúde pública.