Resumo
Objetivo:
estimar o impacto orçamentário incremental da terapia-alvo para tratamento de primeira linha do melanoma avançado não cirúrgico e metastático, em comparação à dacarbazina.
Métodos:
análise de impacto orçamentário na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil; a partir de dados demográficos e estimativas da incidência, foi delimitada a população no horizonte temporal de três anos (2018-2020) e estimados os custos diretos médicos; foi considerado cenário de referência o tratamento com dacarbazina, e como cenários alternativos a terapia-alvo com vemurafenibe, dabrafenibe, vemurafenibe + cobimetinibe e dabrafenibe + trametinibe; a avaliação das incertezas foi conduzida mediante análise por cenários.
Resultados:
o impacto orçamentário incremental variou de R$ 451.867.881,00 a R$ 768.860.968,00, representando 0,70 a 1,53% dos gastos anuais totais com medicamentos ambulatoriais no SUS; no melhor e no pior cenário, os resultados variaram de R$ 289.160.835,00 a R$ 1.107.081.926,00.
Conclusão:
a terapia-alvo, comparada à dacarbazina, implica impacto excessivo no orçamento, desfavorecendo eventual incorporação.
Palavras-chave:
Melanoma; Terapia de Alvo Molecular; Dacarbazina; Custos e Análise de Custo; Sistema Único de Saúde