RESUMO
Objetivo
Estimar a prevalência e analisar fatores associados à capacidade inadequada para o trabalho entre agentes comunitários de saúde (ACS).
Métodos
Estudo transversal realizado com ACS, no período de julho a outubro de 2018, em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil; foi investigada a capacidade para o trabalho, fatores sociodemográficos, laborais e clínicos; razões de prevalência (RPs) com intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculadas por regressão de Poisson.
Resultados
Dos 675 ACS estudados, 25,8% (IC95% 22,7;29,2) apresentaram capacidade inadequada para o trabalho; tempo de serviço superior a cinco anos (RP = 1,64; IC95% 1,24;2,18), percepção do estado de saúde ruim (RP = 2,10; IC95% 1,56;2,83), sintomas depressivos (RP = 1,98; IC95% 1,54;2,55) e distúrbios da voz (RP = 1,85; IC95% 1,26;2,73) estiveram associados ao evento.
Conclusão
Houve prevalência elevada de capacidade inadequada para o trabalho, associada a fatores laborais e clínicos.
Palavras-chave
Avaliação da Capacidade de Trabalho; Agente Comunitário de Saúde; Vigilância em Saúde do Trabalhador; Pessoal de Saúde; Estudos Transversais
Contribuições do estudo
Principais resultados
Houve elevada prevalência de capacidade inadequada para o trabalho entre os agentes comunitários de saúde (ACS), associada a fatores laborais e clínicos.
Implicações para os serviços
Espera-se contribuir para o planejamento de ações preventivas e de promoção da capacidade de trabalho dos ACS, com repercussão na qualidade do serviço prestado por esses profissionais.
Perspectivas
Recomenda-se fortemente a realização de estudos longitudinais, para se estabelecerem relações de causa e efeito entre as variáveis investigadas.