Sem capítulo separado de estudos descritivos; citam-se estudos descritivos específicos em determinados capítulos ou citam-se os estudos descritivos com outros nomes. |
Gordis L. 2014. |
2014 |
Epidemiology. 5th ed. Philadelphia, PA: Elsevier/Saunders. |
O autor aborda pesquisas em âmbito clínico sem grupo de comparação que envolvem o acompanhamento de pacientes (coorte de pacientes), estudos de caso e “séries de casos”. |
Dois capítulos, “História natural da doença e prognóstico” e “Avaliação de medidas preventivas e terapêuticas”, abordam em detalhe, respectivamente, os estudos em âmbito clínico e seus desfechos (cura, controle e óbito), o primeiro, e seus métodos de aferição (tábuas de vida e análise de sobrevida), o segundo. |
Kleinbaum DG, Kupper LL, Morgenstern H. |
1982 |
Epidemiologic research: Principles and quantitative methods. 1st ed. New York: Van Nostrand Reinhold; Chapter 3, Types of epidemiologic research; p. 40-50. |
A menção de estudos descritivos encontra-se incluída nos “estudos observacionais”. Nesse contexto, é definido o estudo descritivo como aquele que é realizado “quando pouco se conhece da ocorrência, história natural ou determinantes da doença”. Seus objetivos então seriam determinar a frequência ou tendência temporal da doença em uma população específica e formular hipóteses etiológicas. |
Na conceitualização dos estudos epidemiológicos, os autores observam que a sua caracterização depende do nível em que se implementariam, sendo que este “nível” estaria relacionado com o período da história natural da doença, adotando-se o modelo de Leavell e Clark de níveis de prevenção. Os autores lembram que os objetivos da pesquisa epidemiológica são os seguintes: descrever, explicar, predizer e controlar. |
Abramson JH, Abramson ZH. |
2008 |
Research methods in community medicine. Surveys, Epidemiological research, Programme evaluation, Clinical trials. 6th ed. West Sussex: John Wiley & Sons; Chapter 2, Types of investigation; p. 13-34. |
Mencionam-se dois tipos de estudo sob o item Descritptive surveys: o longitudinal (no inglês longitudinal), que estuda as mudanças, tais como “crescimento e desenvolvimento de crianças, mudança na taxa de suicídio, história natural da doença ou estudo de ocorrência de novos casos de doença ou óbitos na população”, e de corte seccional (cross-sectional). Os autores incluem uma categoria de “estudos clínicos” para se referir ao estudo de “características ou evolução de uma série de pacientes”. |
Para os autores, os estudos descritivos descrevem a “situação da doença” na população e sua distribuição com relação a sexo, idade, religião, entre outras variáveis. Menciona-se o termo survey (equivalente provavelmente a inquérito ou a sondagem); entre outras acepções, os autores atribuem o de “estudo descritivo de características populacionais”, “inquérito domiciliar” ou “inquérito de campo”. |
Jekel JF, Katz DL, Elmore JG. |
2005 |
Epidemiologia, Bioestatística e medicina Preventiva. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; Chapter 5, Delineamentos comuns de pesquisa usados em epidemiologia; p.88-99. |
Inquéritos transversais, que coletam dados da frequência de fatores de risco e prevalência de doença; inquérito por entrevista; programas de triagem em massa (rastreamento, screening). |
Os autores apontam para a existência de “delineamentos observacionais para geração de hipóteses” sem utilizar o termo “descritivo”. |
Lilienfeld DE, Stolley PD. |
1994 |
Foundations of epidemiology. 3rd ed. Oxford: Oxford University Press. |
Os autores diferenciam os estudos “demográficos” (de mortalidade ou morbidade) dos estudos “epidemiológicos”. Os primeiros detectariam tendências no tempo e padrões diferentes de distribuição, de acordo com a pessoa e lugar da ocorrência de óbitos ou casos de doença. |
Os estudos denominados “epidemiológicos” pelos autores correspondem, grosso modo, aos analíticos (sejam observacionais ou experimentais). |
Sem capítulo separado de estudos descritivos; citam-se estudos descritivos específicos em determinados capítulos ou citam-se os estudos descritivos com outros nomes. |
Szklo M, Nieto FJ. |
2007 |
Epidemiology. Beyond the basics. 2nd ed. Boston: Jones and Bartlett Publishers; Chapter 1, Basic study designs in analytical epidemiology; p. 3-43. |
Os autores concebem a epidemiologia descritiva e analítica. A epidemiologia descritiva faz uso de dados disponíveis para examinar de que modo as taxas (por exemplo, de mortalidade) se comportam segundo variáveis demográficas (aquelas obtidas no censo). |
Com base na detecção de distribuições não uniformes, segundo os autores, os epidemiologistas definem “grupos de alto risco” para propósitos de prevenção e também para gerar hipóteses causais. |
Fletcher RH, Fletcher SW, Wagner EH. |
1996 |
Epidemiologia clínica: elementos essenciais. 3ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas. |
Não há seção de estudos descritivos. Porém, no seu capítulo “Estudando casos”, os autores mencionam o relato de casos, a série de casos e os estudos de caso-controle.
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Estes autores sugeriram o número de 10 pacientes como o critério que separa o relato de casos da série de casos. Ao descrever a série de casos, eles dizem: “é um estudo de um grupo maior de pacientes (por exemplo 10 ou mais) com uma doença particular”. |
Olsen J, Basso O. |
2015 |
Study Design. In: Olsen J, Greene N, Saracci R, Trichopoulos D. Teaching epidemiology. A guide for teachers in epidemiology, public health and clinical medicine. 4th ed. Oxford: Oxford University Press; 37-55. |
Não há seção de estudos descritivos. Porém, no seu capítulo “Study design”, os autores mencionam o survey, definindo-o como estudo de prevalência em população definida. |
Mencionam-se também os estudos de tipo case-only studies e case-cross over studies sem aprofundar na sua caracterização como descritivos. |
Há seção de estudos descritivos. |
Hennekens CH, Buring JE. |
1987 |
Descriptive studies. In: Hennekens CH, Buring JE, Mayrent SL. Epidemiology in medicine. 1st ed. Boston: Little, Brown and Company; p. 101-131. |
Estudos de correlação (equivalentes aos ecológicos analíticos); relatos de caso; série de casos; e os cross-sectional surveys, que podem apenas descrever exposições e/ou desfechos, ou avançar à categoria de estudos analíticos para testar, mesmo com limitações, hipóteses de associação. |
Há um capítulo dedicado aos estudos descritivos definido como os que descrevem padrões da ocorrência da doença com relação a variáveis de pessoa, lugar e tempo. |
Williams CFM, Nelson KE. |
2007 |
Chapter 3. Study designs. In: Nelson KE, Williams CFM. Infectious epidemiology: Theory and practice. 2nd ed. Toronto: Jones and Barlett Publishers; p. 63-117. |
Relatos de caso; série de casos; e estudos ecológicos (analíticos). |
Os autores diferenciam duas dimensões, uma clínica e uma populacional. |
Koepsell TD, Weiss NS. |
2003 |
Epidemiologic methods. Studying the occurrence of illness. 1st ed. New York: Oxford University Press; Chapter 5, Overview of study designs; p. 93-115. |
Relatos de caso; série de casos; “estudos descritivos com base em taxas” (estudos em que se combinam os casos de uma população com denominadores dessa própria população), mediante dados coletados a partir de registros contínuos, da vigilância e seus sistemas, ou de inquéritos periódicos de saúde. |
Os autores admitem a existência de estudos descritivos, cuja característica principal, segundo eles, é o fato de serem conduzidos sem uma hipótese específica. Os autores diferenciam duas dimensões, uma clínica e uma populacional. |
Colimon K-M. |
1990 |
Fundamentos de epidemiología. 1ª ed. Madrid: Ediciones Díaz de Santos; Capítulo 6, Estudios descriptivos; p. 87-112. |
Inquéritos de morbidade (encuestas de morbilidad); inquéritos de prevalência (encuestas de prevalencia); estudo de população por amostragem; estudo de um segmento ou categoria não representativa de uma população; e estudos de instituição. |
Não são mencionados estudos em âmbito clínico. |