RESUMO
Objetivo: Conhecer as percepções de enfermeiras obstetras sobre a sua dinâmica de trabalho no processo de parturição em hospitais de Porto Alegre/Rio Grande do Sul.
Método: Estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa. Foi realizado com 12 enfermeiras obstetras atuantes em oito hospitais do município, recrutadas pela técnica snowball. A coleta dos dados decorreu da aplicação de questionário semiestruturado por via eletrônica, no período de setembro a novembro de 2023. Os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo temática.
Resultados: As enfermeiras obstetras percebem que suas atuações corroboram para o resgate do parto fisiológico. A atuação das parteiras nos domicílios foi substituída pelo modelo não colaborativo e frequentemente intervencionista. As demandas administrativas, o quadro de dimensionamento de pessoal, assim como as relações entre os profissionais aparecem como fatores que dificultam a inserção da enfermeira na assistência ao parto.
Considerações finais: A legislação não garante a autonomia para execução da assistência ao parto. São implicações para prática, a necessidade de gestores comprometidos com a implementação do modelo colaborativo de assistência ao parto e a revisão do dimensionamento de pessoal para a plena autonomia das enfermeiras obstetras no cenário hospitalar.
Descritores:
Autonomia Profissional; Enfermagem Obstétrica; História; Parto; Salas de Parto