RESUMO
Objetivo:
Analisar a cultura de segurança do paciente percebida pelos profissionais de saúde de um hospital e compreender os elementos que a influenciam.
Métodos:
Misto sequencial explanatório, conduzido em duas etapas conectadas, em hospital, em 2017. A etapa quantitativa ocorreu mediante aplicação do questionário a 618 profissionais e a qualitativa, com dez, pela técnica de grupo focal. A análise foi descritiva para dados quantitativos e de conteúdo, para os qualitativos. Posteriormente, os dados foram submetidos à análise integrada.
Resultados:
Das 12 dimensões, sete foram consideradas frágeis, sendo a mais crítica “resposta não punitiva aos erros”, com 28,5% de respostas positivas. Processos burocratizados, mal desenhados e descoordenados, decisões regionais, falhas de comunicação, hierarquia, sobrecarga, punição e judicialização foram relacionados à percepção.
Conclusão:
A cultura de segurança do paciente foi considerada frágil e os elementos relacionados à organização do trabalho, à gestão de pessoas e ao risco jurídico influenciaram essa percepção negativa.
Palavras-chave:
Segurança do paciente; Cultura organizacional; Gestão da segurança; Garantia da qualidade dos cuidados de saúde; Serviços hospitalares; Qualidade da assistência à saúde