RESUMO
O presente trabalho relata um caso de mordida cruzada total no início da dentição mista, que teve como objetivo demonstrar a importância do tratamento desta má-oclusão, o mais cedo possível, para o restabelecimento das funções do aparelho estomatognático, além de minimizar futuras intervenções cirúrgicas. O paciente foi diagnosticado como Classe III, devido à maxila retruída e mandíbula bem posicionada, com evidências de crescimento facial harmônico. Foi realizado a expansão rápida da maxila com disjuntor do tipo Haas, seguido do uso da máscara de tração reversa. Após a instalação do disjuntor, foi realizado à ativação por 13 dias, momento em que foi interrompida a disjunção e instalado a máscara de tração reversa, sendo esta usada durante 8 meses, quando foi finalizado o tratamento. Uma nova consulta foi realizada após 10 meses, quando foi observado a estabilidade do tratamento da mordida cruzada. O paciente não retornou mais ao consultório, sendo localizado e examinado novamente somente após 12 anos, quando relatou que nenhum tratamento ortodôntico ou ortopédico tinha sido realizado neste período. Se observou a estabilidade do tratamento, apesar dos segundo molares permanentes estarem levemente cruzados. Este relato confirma a importância do tratamento das mordidas cruzadas na infância, principalmente por ter evitado a necessidade da realização de cirurgia ortognática. Também ficou evidente a relação etiológica das enfermidades sistêmicas, da respiração oral e dos hábitos bucais deletérios no desenvolvimento da má-oclusão estudada.
Termos de indexação
Classe III de Angle; Relatos de caso; Aparelhos de tração extrabucal; Má Oclusão; Expansão maxilar
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