| Conhecimentos e Condutas Profissionais |
Abordaje y percepción de las y los odontólogos frente a casos de violencia física contra la mujer en contexto intrafamiliar/ compañero íntimo en Chile. |
Labbe-de-la-Fuente and Medina-de-Cortillas (2024) [8] |
Avaliar a percepção e abordagem de dentistas chilenos sobre casos de violência contra a mulher. |
Descritivo/ Transversal/ Quantitativo |
Dos 175 dentistas chilenos que participaram do estudo: 53% já se depararam com casos de violência; 80% reconhecem um papel ativo na resolução do problema, mas 74% têm dificuldade em detectar lesões e 78% em encaminhar para redes de apoio. 91% não receberam formação durante a graduação, mas têm interesse em se capacitar. |
| Violência intrafamiliar: conhecimento e conduta dos cirurgiões-dentistas de Caicó (RN). |
Pereira et al. (2021) [9] |
Verificar o conhecimento e a conduta de 35 cirurgiões-dentistas sobre violência intrafamiliar em Caicó (RN), Brasil. |
Estudo Descritivo/ Transversal/ Quantitativa |
Dos 35 cirurgiões-dentistas de Caicó que participaram do estudo, aproximadamente metade (18) já havia atendido vítimas de violência intrafamiliar. A maioria dos participantes (cerca de 31) relatou ter conhecimento sobre sinais e lesões orofaciais, sendo o hematoma o mais comumente identificado. No entanto, apenas 13 cirurgiões questionaram diretamente os pacientes sobre a violência, e a conduta mais comum adotada foi o aconselhamento. |
| Integralidade do atendimento odontológico à mulher em situação de violência: revisão narrativa da conduta profissional. |
Soares et al. (2022) [10] |
Analisar as responsabilidades profissionais e sociais dos cirurgiões-dentistas no enfrentamento da violência contra a mulher |
Revisão de Literatura (Revisão Narrativa) |
O estudo constatou que Cirurgiões-dentistas demonstram pouca aptidão para identificar e conduzir casos, mesmo com protocolos disponíveis. Destaca-se a necessidade de ampliar o conhecimento e as discussões em políticas de ensino. |
| Conhecimentos e Condutas Profissionais |
Identificação e conduta da violência doméstica contra a mulher sob a ótica dos estudantes universitários. |
Simoes et al. (2021) [11] |
Descrever o conhecimento de estudantes universitários na identificação e conduta de casos de violência doméstica contra a mulher |
Estudo Descritivo / Quantitativo |
Foram incluídos 100 estudantes de odontologia de uma universidade pública na Bahia. Os resultados mostraram que 60% dos estudantes possuem conhecimento limitado sobre a identificação e a conduta frente a casos de violência doméstica, e muitos relataram sentir-se despreparados para lidar com essas situações. A maioria dos participantes destacou a necessidade de incluir conteúdo específico sobre o tema no currículo acadêmico. |
| Conhecimento de alunos de graduação sobre o papel do cirurgião-dentista na violência doméstica contra a mulher. |
De Sousa and Silva (2021) [12] |
Verificar o conhecimento de alunos de graduação sobre violência doméstica contra a mulher. |
Transversal/ Quantitativa |
Participaram do estudo 94 estudantes de graduação em odontologia de uma universidade privada em Salvador. Os resultados mostraram que 92% dos alunos do último período apresentavam alto nível de conhecimento sobre o papel do cirurgião-dentista em casos de violência doméstica, enquanto 77% dos alunos do primeiro período atingiram esse nível. Foi observada uma diferença significativa no conhecimento ético e legal entre os estudantes dos diferentes períodos, com os alunos mais avançados demonstrando maior compreensão dessas questões. |
| Conhecimentos e Condutas Profissionais |
Domestic violence against women detected and managed in dental practice: a systematic review. |
Nascimento et al. (2022) [13] |
Investigar o conhecimento dos profissionais da área odontológica para identificar e manejar situações clínicas indicativas de violência contra a mulher |
Revisão Sistemática da Literatura |
A revisão analisou 19 estudos envolvendo dentistas e outros profissionais de saúde. Os resultados revelaram que entre 1% a 7,1% dos dentistas realizam a busca ativa por lesões relacionadas à violência durante o exame clínico. Além disso, menos de 47% dos profissionais demonstram conhecimento suficiente para identificar sinais de violência. Foi constatada uma deficiência generalizada na capacidade de manejo de casos de violência doméstica contra a mulher. |
| Dentists Awareness And Action Towards Domestic Violence Patients. A Cross-Sectional Study Among Dentists In Western Saudi Arabia. |
Alalyani and Alshouibi (2017) [14] |
Identificar fatores que preveem a conscientização e ação dos dentistas frente à violência doméstica e as barreiras enfrentadas. |
Quantitativo/ Transversal |
151 dentistas da Arábia Saudita participaram do estudo. Os resultados mostraram que a conscientização e a ação dos dentistas foram influenciadas por fatores como educação, experiência clínica e gênero. As principais barreiras incluíram a falta de treinamento e o constrangimento de abordar o tema com pacientes. |
| Factors associated with violence against women by an intimate |
Lima et al. (2021) [15] |
Avaliar a prevalência e os fatores associados |
Quantitativo/ Transversal |
Seis em cada dez mulheres sofreram algum tipo de violência (física, moral ou sexual), sendo a violência associada ao uso de substâncias. |
| Conhecimentos e Condutas Profissionais |
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à violência perpetrada por parceiros íntimos em mulheres atendidas em centros de atenção primária no Nordeste do Brasil. |
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O consumo excessivo de álcool foi o dobro entre as vítimas, e problemas de saúde mental, como pensamentos depressivos, foram significativamente elevados. |
Prevalence and predictors of violence against women in Pakistan |
LaBore et al. (2019) [16] |
Investigar a prevalência e os fatores preditivos de violência emocional e física contra mulheres casadas no Paquistão, com base em variáveis socioeconômicas e demográficas. |
Estudo Observacional / Transversal / Quantitativo |
Cerca de 32,6% das mulheres relataram violência física ou emocional. A baixa escolaridade e menores níveis de riqueza aumentaram a probabilidade de abuso. Casamentos com parentes próximos, como primos, apresentaram menor prevalência de violência em comparação com outros tipos de relação. |
| Percepção e conduta de acadêmicos de odontologia frente aos casos de violência contra a mulher |
Carvalho et al. (2023) [17] |
Analisar a percepção e conduta de acadêmicos de odontologia sobre violência doméstica e de gênero |
Estudo descritivo/ Exploratório |
93 estudantes de odontologia de uma instituição privada de ensino em Recife participaram do estudo. 44,1% dos estudantes já presenciaram casos de violência contra a mulher. Apenas 10,2% receberam orientação durante a graduação sobre como agir em casos de violência. Muitos relataram falta de conhecimento sobre a notificação compulsória. |
| Capacitação Acadêmica e Profissional |
Domestic violence education for UK and Ireland undergraduate dental students: a five-year perspective. |
Patel et al. (2014) [18] |
Avaliar se os estudantes de odontologia no Reino Unido e na Irlanda recebem ensino formal sobre violência doméstica. |
Transversal / Quantitativo |
O estudo incluiu dados de 16 escolas de odontologia no Reino Unido e na Irlanda. Em 2012, 45% das escolas ensinaram sobre violência doméstica, sendo 60% desse ensino ministrado por dentistas pediátricos. O estudo indicou uma diminuição na oferta de ensino sobre o tema em comparação a 2007. |
| O distanciamento entre a formação e a prática profissional |
Seraphim et al. (2014) [19] |
Avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre violência doméstica e a adequação das grades curriculares |
Transversal / Quantitativo |
Foram consultados 110 cirurgiões-dentistas que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) no estado de São Paulo. Dos profissionais entrevistados, 91% relataram desconhecimento da ficha de notificação de violência, e apenas 20% afirmaram ter conhecimento sobre a legislação aplicável à notificação compulsória. O estudo também analisou os currículos das instituições de ensino desses profissionais e constatou que entre 86% e 94% dos conteúdos curriculares são voltados para disciplinas técnicas, com pouca ênfase em temas como violência doméstica e notificação de casos. |
| Propostas e Intervenções Educacionais |
Faculty diversity, equity, and inclusion in academic dentistry: has dental education missed the call of #Metoo? |
Zarkowski et al. (2022) [20] |
Examinar como as instituições de ensino odontológico respondem às questões de assédio sexual, discriminação de gênero e outras formas de comportamento antiético à luz do movimento #MeToo. |
Estudo de Caso / Série de Casos |
O estudo examinou vinhetas (pequenos cenários ou casos hipotéticos usados como ferramentas para ilustrar situações) envolvendo assédio sexual e discriminação de gênero em instituições odontológicas. Foram destacadas as lacunas nas práticas institucionais e os desafios enfrentados por mulheres e minorias. Recomendações foram feitas para melhorar a diversidade, equidade e inclusão nas faculdades de odontologia. |
| A Importância da atuação do cirurgião-dentista frente à violência contra a mulher: revisão de literatura |
Nascimento et al. (2022) [21] |
Identificar a percepção do cirurgião-dentista sobre a violência contra a mulher e a importância de sua contribuição na redução deste fenômeno. |
Revisão Narrativa da Literatura |
Foram analisados 23 trabalhos, dos quais os resultados indicam que profissionais de odontologia possuem pouco conhecimento sobre o tema, com necessidade de maior preparação na identificação e prevenção de violência. Sugere-se a inclusão do tema na graduação e em cursos de capacitação. |
| Propostas e Intervenções Educacionais |
Percepção e atitude do cirurgião-dentista diante do atendimento emergencial a mulheres em situação de violência: uma revisão de escopo |
Pereira et al. (2022) [22] |
Avaliar a percepção e atitude dos cirurgiões-dentistas no atendimento a mulheres vítimas de violência interpessoal com trauma maxilofacial. |
Revisão de Literatura (Revisão de Escopo) |
O estudo revisou 13 artigos, com foco na participação de cirurgiões-dentistas. Esses profissionais desempenham um papel essencial no enfrentamento à violência, principalmente devido ao seu contato frequente com regiões da cabeça e pescoço, áreas comuns de lesões. No entanto, o estudo identificou falhas importantes na percepção e na atitude desses profissionais, como a dificuldade em reconhecer sinais de violência e agir de maneira adequada. Como resultado, foi elaborado um Guia Profissional para auxiliar no atendimento de mulheres em situação de violência. |