RESUMO
Objetivo Verificar a prevalência da má oclusão em crianças em tratamento no Núcleo de Obesidade Infantil, no Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal, Rio Grande do Norte.
Métodos Foram examinadas crianças de ambos os sexos, com faixa etária de 7 a 10 anos. O recolhimento dos dados de interesse foi feito através de exame clínico para detecção de más oclusões por meio do Dental Aesthetic Index, e coleta dos dados nutricionais das fichas médicas. Os dados obtidos foram organizados e tabulados em planilhas, além de processados e analisados através do programa estatístico Jamovi®. A comparação dos pacientes com má oclusão e as variáveis independentes foi averiguada através dos testes ANOVA one-way e Qui-quadrado. Para avaliar o efeito das variáveis sobre a presença da má oclusão, foi utilizada regressão logística. Foram considerados estatisticamente significativos os resultados com valores de p≤0,05.
Resultados Foram avaliadas 66 crianças, das quais 35 (53%) eram do sexo masculino e 31 (47%) do sexo feminino. A prevalência de má oclusão foi de 54,54%, sem diferença entre os gêneros. Valores significantemente maiores de índice de massa corporal e peso foram observados em crianças com má oclusão definida. Nenhuma variável estudada impactou significativamente na má oclusão de crianças obesas.
Conclusão Crianças com má oclusão definida apresentam maior peso e índice de massa corporal, entretanto a obesidade parece não ser um fator determinante no desenvolvimento da má oclusão.
Termos de indexação
Criança; Má oclusão; Obesidade