RESUMO
Objetivo:
Analisar a influência das condições de saúde bucal e das características sócio-comportamentais de gestantes no desenvolvimento e na experiência de cárie em seus filhos, após 4 anos de acompanhamento.
Métodos:
Foi realizado um estudo longitudinal com pares de mães e filhos, mediante entrevista e exame clínico bucal na gestação. Observações periódicas foram realizadas até os quatro anos completos de idade da criança, momento em que foi realizado o exame clínico na criança (n=73). As variáveis estudadas foram: presença de cárie na gestante (CPOD) e na criança (ceod), visita ao cirurgião-dentista, hábitos de higiene bucal, dieta, fatores socioeconômicos e comportamentais, sendo relacionadas com dois desfechos do estudo: presença de cárie no momento do exame e experiência de cárie (ceod≥1) em crianças aos 4 anos de idade. Foram conduzidas análises bivariadas e multivariada com auxílio do Programa Bioestat (p<0,05 e IC 95%).
Resultados:
O CPOD médio das mães durante a gestação foi 12,09 (±2,88) e ceod médio das crianças aos 4 anos foi 1,79 (±6,1). Na análise de regressão logística múltipla, a presença de cárie nos filhos esteve associada com a presença de hábitos deletérios (p=0,04). A experiência de cárie no filho foi associada estatisticamente com o compartilhamento de escova entre os membros da família (p=0.02).
Conclusão:
Os resultados sugerem que aspectos comportamentais estão relacionados à presença e experiência de cárie na infância.
Termos de indexação:
Cárie dentária; Estudos longitudinais; Saúde bucal; Fatores de risco; Fatores socioeconômicos.