RESUMO
Objetivo:
Investigar a correlação entre língua fissurada e ansiedade. Métodos: A amostra consistiu em 95 participantes divididos em dois grupos: a) G-LF, 48 pacientes com língua fissurada e b) CG, 47 participantes saudáveis. Os pacientes foram submetidos aos exames orais e dermatológicos. Os níveis de ansiedade foram medidos utilizando o Inventário de Ansiedade de Traçado do Estado (IDATE). Um valor de p <0,05 foi considerado significativo.
Resultados:
Quatorze (30%) pacientes relataram ter consciência de língua fissurada e 9 (64%) eram mulheres. Sintomas como sensação de queimação foram relatados por apenas 3 (6%) pacientes. Nenhum dos pacientes do grupo controle apresentou esses sintomas. Nos dois grupos, controle e língua fissurada, os escores médios de ansiedade-tração foram ligeiramente superiores ao estado-ansiedade. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre grupo língua fissurada e o grupo controle, relacionado ao estado-ansiedade (p = 0,724) e os achados traço-ansiedade (p = 0,680). Limitação: Este estudo é limitado devido o tamanho da amostra.
Conclusão:
Embora tenham sido determinados valores moderados de ansiedade de estado e traço-ansiedade, a ansiedade, como fator ambiental, pode não desempenhar um papel significativo no desenvolvimento de língua fissurada. Considerando língua fissurada como uma doença multifatorial, é necessário um componente genético para a expressão.
Termos de indexação
Língua fissurada; Odontologia; Ansiedade