RESUMO
O carcinoma espinocelular de boca (CEC) ainda vem sendo tardiamente diagnosticado na população brasileira, o que implica em piores taxas de sobrevida. O presente caso clínico tem por objetivo reportar uma paciente de 64 anos de idade, sexo feminino, que foi encaminhada para a clínica universitária com a queixa principal de um caroço na língua. Durante a anamnese, não relatou vícios, como tabagismo e elitismo. No exame físico extrabucal, observou-se um aumento e enrijecimento dos linfonodos submandibulares. Ao exame físico intrabucal, notou-se a presença de uma área nodular extensa e ulcerada, na região lateral de língua, se estendendo para assoalho de boca e rebordo alveolar, há aproximadamente 3 meses. De acordo com os aspectos clínicos, a hipótese diagnóstica foi de carcinoma espinocelular de língua. Procedeu-se à biopsia incisional e o fragmento foi enviado para análise histopatológica, confirmando o diagnóstico de carcinoma espinocelular. Os fatores de risco tradicionais para o CEC são o tabaco e o álcool, sendo sua incidência maior em homens, porém, o presente caso clínico destaca a ocorrência de CEC em uma paciente do sexo feminino e sem fatores de risco para a doença. Nota-se um aumento de casos de CEC de língua em pacientes sem fatores de risco e mulheres, porém ainda não está definido o fator etiológico associado a esse aumento. Reforça-se, portanto, que o CEC pode ocorrer em pacientes sem fatores de risco e que é necessário estar atento aos sinais iniciais da doença, visto que o diagnóstico tardio implica em piores taxas de sobrevida.
Termos de indexação
Carcinoma de células escamosas; Boca; Neoplasias bucais
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