Open-access Análise do fluxo salivar e agravos bucais de idosos da atenção domiciliar

RESUMO

Objetivo:  Testar associação entre o fluxo salivar e condições bucais de idosos domiciliados no município de Palhoça, Santa Catarina. Estudo observacional, de caráter transversal, com idosos de 60 anos ou mais, restritos ao domicílio, cadastrados no Programa Melhor em Casa.

Métodos:  Visitas com Agentes Comunitárias foram realizadas de dezembro/2019 a março/2020 e dezembro/2021 a março/2022. Considerou-se baixo fluxo estimulado valor <0,7 ml/min e não estimulado <0,1 ml/min. Variáveis exploratórias: condições socioeconômicas, índice CPO-S, Índice de Placa Visível e alterações de mucosa. Associações realizadas pelo teste de Qui-quadrado de Pearson e t de Student, α=5%. Parecer do CEP-Unisul 3.725.172.

Resultados:  Amostra de 44 idosos, prevalência de baixo fluxo salivar estimulado foi 70% (IC 95% 50,3;78,7) e não estimulado, 27% (IC 95% 15,8;42,8). Mais de 2/3 era composta por idosos 60 e 79 anos, sexo feminino (57%); 65% utilizavam de 5 a 10 medicamentos diários, anti-hipertensivo (88%), diuréticos (36%) e antidiabéticos (34%), 59% usavam pelo menos uma combinação destes medicamentos; 90% apresentavam placa; média de CPO-S 125,9; 2/3 apresentam alguma lesão de mucosa e 52% necessitavam de prótese. Associados à maior proporção de baixo fluxo salivar estimulado: maior idade (p=0,023), uso de antidiabéticos (p=0,037) e presença de alterações de mucosa bucal (p=0,036) e, baixo fluxo salivar não estimulado e maior média de cárie (p=0,036).

Conclusão:  Baixo fluxo salivar estimulado ou não estiveram associados às condições bucais, sinalizando a importância da atenção à saúde bucal dos idosos domiciliados.

Termos de indexação
Idoso; Pacientes domiciliares; Saúde bucal

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