RESUMO
Objetivo: Este estudo verificou a autopercepção, as características bucais e os aspectos odontológicos dos participantes da Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI). Métodos: Refere-se a um estudo epidemiológico transversal com indivíduos a partir de 50 anos de idade que frequentam o programa UNATI-UNIFAL/MG. O instrumento de coleta de dados consistiu em um questionário semiestruturado, composto por perguntas referentes à saúde bucal, interferência da mesma na autoestima e alimentação, entre outros. Além disso, foi utilizada uma ficha clínica baseada nas propostas do Levantamento em Saúde Bucal 2010. Foram realizadas análises descritivas, uni e multivariadas. Resultados: A amostra foi composta por 106 indivíduos, com idade média de 62,4 anos, dentre os quais 59,4% visitaram o cirurgião-dentista no último ano para exames de rotina e/ou estética (38,7%). As condições clínicas evidenciaram que apenas 19,8% dos indivíduos eram desdentados totais, o CPOD médio de 26,1 e 37,7% usava algum tipo de prótese total superior, inferior ou ambas. Quanto a autopercepção das condições bucais, 34,9% se refere regular, contudo, na estatística aplicada a presença de dor determinou uma pior percepção e não esteve correlacionada com a perda de dentes, presença de próteses e/ou dentes restaurados. Conclusão: A autopercepção das condições bucais é regular e as características clínico-odontológicas avaliadas revelaram indivíduos desdentados parciais com elevado CPOD. Ao avaliar os aspectos odontológicos a maioria não apresentou dificuldades ao procurar o cirurgião-dentista, visitaram esse profissional no último ano e o tratamento mais procurado por eles foi o preventivo.
Termos de indexação
Saúde do idoso; Saúde bucal; Satisfação pessoal; Autoimagem
