RESUMO
Objetivo: Este estudo retrospectivo avaliou o perfil demográfico dos pacientes e as características clínicas das urgências dentárias em um Serviço de Plantão de Urgências de uma Faculdade brasileira de Odontologia. Métodos: Durante o período de junho de 2013 a maio de 2014, os dados foram coletados de 1.345 registros clínicos, com informações sobre a queixa principal, gênero, idade, alteração sistêmica, inspeção clínica do dente afetado, diagnóstico pulpar e periapical, o tipo de procedimento realizado e se houve necessidade de medicação sistêmica pós-operatória. Os dados foram analisados usando o software SAS e o teste do qui-quadrado foi utilizado para verificar a presença ou ausência de significância estatística ao nível de 5%. Resultados: A dor dental (53,3%) foi a queixa principal mais encontrada. Pacientes do gênero feminino (63,1%), com idade entre 29-48 anos (42%), sem condições sistêmicas (75%) e com dentes cariados (25%) foram os mais prevalentes. Além disso, o envolvimento de molares inferiores (29,81%) e o diagnóstico de pulpite irreversível (30,42%) foram os achados mais frequentes. O tratamento endodôntico de urgência (45,8%) foi o procedimento mais realizado. A pulpite irreversível (30,4%) e a necrose pulpar associada a periodontite apical aguda (21,9%) foram as condições mais frequentes que necessitaram de tratamento endodôntico de urgência e, na maioria dos casos, não houve prescrição de medicamentos sistêmicos pós-operatórios (95,7%). Conclusão: A prevalência de urgências endodônticas durante o período de um ano enfatiza a necessidade de diagnósticos mais precisos e a importância de oferecer esse serviço à população.
Termos de indexação
Dor; Endodontia; Socorro de urgência
