RESUMO
Objetivo Analisar a responsabilização sobre a saúde bucal na percepção de gestantes.
Métodos Trata-se de uma pesquisa transversal, quantitativa, de análise documental de 1.485 prontuários de gestantes do interior de São Paulo. Analisaram-se idade; escolaridade; renda; estado civil e queixa principal. Os desfechos foram autopercepção, responsabilidade sobre a saúde bucal e hábitos de higiene bucal. Foram empregados testes de associação(p<0,05).
Resultados Do total de 1485 gestantes, 42,76% (n=635) tinham até 27 anos; 85,22% (n=1.265) concluíram o ensino médio; 34,07% (n=506) possuíam renda de até 2 salários-mínimos; e 54,95% (n=727) eram casadas. Buscaram o cirurgião-dentista principalmente para tratamento de rotina ou prevenção (46,80%), o que esteve associado à idade (p<0,0001). A maioria traz para si a responsabilidade sobre a saúde bucal (53,13%) e buscou o serviço de saúde para realizar procedimentos de rotina ou prevenção (p=0,0003). O maior nível de escolaridade esteve associado à maior satisfação com a saúde bucal (p=0,0117). Do total, 88% possuem o hábito de escovar os dentes duas vezes ao dia, mas 58,92% nunca usaram ou raramente usam o fio dental.
Conclusão A escolaridade das gestantes influencia no letramento em saúde, na tomada de decisões e na autopercepção da saúde bucal. Quase todas as gestantes escovam os dentes, porém poucas usam o fio dental.
Termos de indexação
Saúde bucal; Gestantes; Autopercepção