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CARTAS E REDES DE COMUNICAÇÃO NO MEDITERRÂNEO DURANTE A ANTIGUIDADE TARDIA: O CASO DA CONTROVÉRSIA PELAGIANA* * Este artigo foi apresentado, originalmente, no Colóquio Internacional "Epistolário Político IV", realizado na USP de 15 a 17/04 2014, e como palestra na Unicamp em 24/04/2015. Agradeço aos organizadores desses eventos (Marcelo Cândido da Silva e Néri de Barros Almeida), bem como a todos os participantes, por seus comentários e observações. Agradeço, ainda, a leitura e sugestões de Matheus Figuinha e dos dois pareceristas ad hoc da Revista de História.

LETTERS AND COMMUNICATION NETWORKS IN LATE ANTIQUE MEDITERRANEAN: THE CASE OF THE PELAGIAN CONTROVERSY

Resumo

O Saque de Roma de 410 inundou o Mediterrâneo de refugiados e fez com que questões que preocupavam a Igreja latina fossem também levadas à atenção dos cristãos do Oriente. Esse é o caso de Pelágio que, ao buscar refúgio em Hipona e depois na Palestina, levaria Agostinho a enfrentá-lo em uma controvérsia que afetaria toda a tradição cristã ocidental: o debate sobre a graça. As cartas trocadas durante a controvérsia pelagiana nos mostram não apenas o papel das redes epistolares no desenrolar desses debates, mas também de que modo os fluxos habituais de pessoas e de notícias no Mediterrâneo podiam ser mobilizados, ainda que nem sempre controlados, pelos atores desse jogo. O objetivo deste texto é investigar os meios, as formas e os atores envolvidos na comunicação entre Roma, o norte da África e a Palestina durante a controvérsia pelagiana.

Palavras-chave:
Redes de informação; controvérsia pelagiana; região mediterrânea

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