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“MINAS DE ALMAS”: COMÉRCIO DE GENTE E GEOPOLÍTICA CRISTÃ (FIM DO SÉCULO XVI)1 1 Artigo não publicado em plataforma preprint. Todas as fontes e a bibliografia utilizadas são referenciadas no artigo.

“MINES OF SOULS”: TRADE OF FOLK AND CHRISTIAN GEOPOLITICS (LATE 16TH CENTURY)

Resumo

Durante o último quarto do século XVI, a África Centro-Ocidental tornou-se um importante palco de disputas políticas e comerciais que envolviam a crise sucessória ao trono português, o padroado e o tráfico de escravizados. Diferentes instituições, grupos e agentes disputaram as prerrogativas e as rendas eclesiásticas, que se associavam ao comércio na região. D. Henrique foi o artífice do padroado luso-africano, desenvolveu uma política de influência sobre as Ordens Militares e a Inquisição, e encontrou na Companhia de Jesus sua principal aliada, definindo os reis do Congo como inimigos e a conquista de Angola como estratégica. No entanto, as sociedades novas e os grupos de interesse estabelecidos na ilha de São Tomé e em diferentes partes da África Centro-Ocidental, e suas conexões euro-atlânticas, tinham grande autonomia em relação à monarquia. Quando Felipe II incorporou Portugal à sua Coroa, seu principal objetivo era reunir as duas margens do Mar Oceano. Ao mesmo tempo, teve que reconhecer e remontar as peças de um complexo jogo político.

Palavras-chave
padroado; monarquia hispânica; complementaridade atlântica; tráfico de escravizados; necropolítica

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