Resumo
Partindo do anseio modernista por um elemento-síntese da identidade nacional, discutiremos não apenas a eleição do Palhaço Piolin como modelo de brasilidade, mas também como o personagem conseguiu ultrapassar as expectativas dos modernistas, para tornar-se porta-voz da identidade popular e de grupos marginalizados. Utilizando discursos dos modernistas, embalagens das Balas Piolin e histórias em quadrinhos do personagem publicadas na edição infantil de A Gazeta, apontaremos os caminhos pelos quais Piolin tornou-se, nas décadas de 1920 e 1930, símbolo dos modernistas e da modernidade, que marcava a vida cotidiana das cidades brasileiras com inúmeras inovações, como novas técnicas e tecnologias, que permitiram aos populares verem e serem vistos, saindo das margens e circulando, como produto cultural, pelos diferentes segmentos da sociedade.
Palavras-chave
Palhaço Piolin; Modernidade; Modernismo; Balas Piolin; Desventuras do palhaço Piolin