Resumo
Este artigo versa sobre as artes dos barbeiros-sangradores e músicos no Rio de Janeiro oitocentista, centrado na história de um deles: Antonio José Dutra. O texto também esboça traços biográficos de seus herdeiros. O patriarca, natural do Reino do Congo, veio escravo para o Brasil e obteve alforria no início da década de 1820. Em 1849, quando morreu, possuía uma barbearia, uma banda, 13 escravos e dois imóveis. Era pai de seis filhos naturais, frutos de três relacionamentos. Se, por um lado, os filhos não lograram o mesmo sucesso do pai, por outro, o seu legado cultural e financeiro foi fundamental para suas vidas remediadas de negros livres numa sociedade escravista.
Palavras-chave
Século XIX; Rio de Janeiro; barbeiros-sangradores; família negra; banda de música