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FOI LÁ NO CANDEAL QUE PLANTEI A MINHA MATA. UM CULTO FAMILIAR A OGUM. SALVADOR C. 1813 – C. 19701 1 Artigo não publicado em plataforma preprint. Todas as fontes e bibliografia utilizadas são referenciadas no artigo. Agradeço a Vilson Caetano de Sousa Júnior, Nathan Lugo e Willys Santos pelo diálogo sobre questões relacionadas ao culto de Ogum, e a Ari Lima, João José Reis, Luis Nicolau Parés, Sharyse Amaral e ao grupo de pesquisa Escravidão e Invenção de Liberdade pelos comentários sobre versões iniciais do texto, bem como aos pareceristas anônimos da Revista de História. Meus agradecimentos a Mariângela Nogueira pela cuidadosa revisão do português, e final e especialmente, aos descendentes de Josefa de Santana, particularmente a Luzia Mangabeira e Arinalva Arcanjo, por compartilhar documentos e narrativas orais sobre a história de sua família. Estou grata ao Acervo África pelo apoio financeiro durante as etapas finais da pesquisa e a elaboração e deste artigo, e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq pela bolsa de pós-doutorado durante a fase inicial do levantamento de dados, em 2009.

CANDEAL IS WHERE I PLANTED MY ORCHARD A FAMILY SHRINE TO OGUM. SALVADOR C. 1813 – C. 1970

Resumo

No Candeal Pequeno, bairro popular da cidade do Salvador, há um altar dedicado ao orixá Ogum, que, segundo a memória oral, foi estabelecido por um próspero casal de africanos, senhores de muitas terras e fundadores do bairro. O presente texto reconstrói a trajetória da família e do seu envolvimento no culto a Ogum, identificando influências étnicas heterogêneas que variaram ao longo do tempo. Depois, o texto discute o papel desse orixá entre diferentes povos da região do Golfo do Benim e sua importância para lavradores, atividade principal do casal e de várias gerações de seus descendentes. O caso individual da família fornece insumos importantes sobre o envolvimento de africanos libertos na lavoura e sobre as influências mútuas entre grupos étnicos africanos no âmbito religioso no Brasil e na África.

Palavras-chave
Candomblé da Bahia; hauçás; tradição oral; Ogum; culto familiar; sincretismo

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