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A CONSOLIDAÇÃO DO MONOPÓLIO DOS DIAMANTES BRASILEIROS COMO PILAR DA JOALHARIA REAL PORTUGUESA NO PERÍODO MARIANO: 1730-17901 1 Artigo não publicado em plataforma preprint. Todas as fontes e a bibliografia utilizadas são referenciadas. Este estudo faz parte da investigação financiada pela bolsa de doutoramento 2021.04880.BD da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Um especial agradecimento é devido aos meus orientadores de tese, Professora Doutora Alexandra Curvelo (NOVA FCSH) e Doutor Hugo Xavier (IHA/NOVA FCSH). Agradeço também aos meus colegas, comissários do Museu do Tesouro Real: o mesmo Hugo Xavier, Inês Líbano Monteiro, José Alberto Ribeiro, Manuela Santana e Teresa Maranhas; bem como ao meu antigo colega no Banco de Portugal, João Pedro Vieira, e ainda ao Tiago A. V. Drummond Borges.

THE CONSOLIDATION OF THE BRAZILIAN DIAMOND MONOPOLY AS THE CORNERSTONE OF THE PORTUGUESE ROYAL JEWELLERY UNDER D. MARIA I: 1730-1790

Resumo

A descoberta de diamantes no Brasil no início de setecentos revolucionou o mercado dessas gemas na Europa e, consequentemente, transformou a joalharia. Ao início preocupados com a afluência desses diamantes, concorrentes dos asiáticos, os comerciantes europeus procuraram boicotar a reputação das pedras brasileiras, também porque não dominavam o seu circuito. Após várias tentativas, em 1760, foi concretizada uma medida que resolveu esse problema e garantiu o monopólio dos diamantes brasileiros pela coroa portuguesa durante o meio século seguinte. A criação da “Reserva em Segredo” reuniu 241.405 quilates de diamantes, avaliados em mais de 2.200 contos, agora propriedade da coroa. Dominado o problema, os soberanos portugueses do último terço do século XVIII não tiveram pejo em fazer jus ao epíteto de “senhores dos diamantes” o que, naturalmente, se refletiu na produção de joalharia sob sua encomenda.

Palavras-chave
diamantes do Brasil; diamantes da coroa portuguesa; história do mercado de diamandiamantes; história da joalharia; fundo diamantífero da coroa portuguesa

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