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Conização, exame de congelação e histerectomia planejada no tratamento de neoplasia intra-epitelial de alto grau

OBJETIVOS: Foi avaliado o papel do exame intra-operatório de congelação no diagnóstico de invasão e no estado das margens cirúrgicas em pacientes com neoplasia intra-epitelial de alto grau. CASUÍSTICA E MÉTODO: Vinte e cinco pacientes com neoplasia intra-epitelial de alto grau foram submetidas a conização cervical seguida de histerectomia. O resultado do exame definitivo em parafina foi comparado com o exame de congelação. RESULTADOS: Dezesseis pacientes (64 %) tiveram margens comprometidas e 9 (36 %) livres. O diagnóstico definitivo na parafina foi concordante em todos os casos no diagnóstico do estado das margens. Em cinco casos foi diagnosticada invasão, sendo 1 caso de carcinoma microinvasivo. Entre os 20 casos restantes foram detectados 2 carcinomas microinvasivos adicionais após o exame em parafina. Desta forma o exame intra-operatório de congelação foi concordante com o exame definitivo em 23/25 casos (92 %). Dois casos de carcinoma microinvasivo foram diagnosticados como neoplasia intra-epitelial de alto grau no exame de congelação e apresentavam invasão estromal menor que 2 cm. CONCLUSÕES: O exame intra-operatório de congelação é capaz de predizer o estado das margens cirúrgicas em todos os casos de neoplasia intra-epitelial de alto grau assim como o diagnóstico de invasão franca. Nos casos de carcinoma microinvasivo este exame falha na detecção de invasão, entretanto é capaz de garantir margens livres de ressecção.

Carcinoma de células escamosas; Neoplasia intra-epitelial escamosa; Exame de congelação; Conização cervical; Histerectomia


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