Portadores de fissura labial unilateral, independentemente do grau da deformidade, apresentam uma alteração nasal característica. Alguns autores julgam que esta deformidade deve-se a alterações embriogenicas das cartilagens alares nasais, são os defensores da teoria intrínseca. Outros, que propõem a teoria extrínseca, defendem a tese de que a deformidade deve-se a ação desordenada da musculatura perioral deformada pela fissura. PACIENTES E MÉTODOS: Em uma tentativa de trazer alguma contribuição, neste trabalho obtiveram-se amostras da porção lateral das cartilagens alares -- tanto do lado são quanto do lado fissurado -- de 18 pacientes. Estas amostras cortadas, uniformemente, pelo mesmo micrômetro foram coradas pela hematoxilina-eosina, no entanto, as amostras de dois pacientes tiveram que ser desprezadas dada a imperfeições. Todos os cortes foram examinados pelo mesmo patologista que, ignorando as origens, contou o número de condrócitos e quantificou as matrizes cartilaginosas. RESULTADOS: Todos os dados obtidos foram submetidos a testes estatísticos que revelaram não haver qualquer diferença significativa, tanto quanto ao número de condrócitos quanto às matrizes cartilaginosas, entre os lados são e o fissurado. DISCUSSÃO: Tais resultados, aparentemente, apoiam aqueles que defendem a teoria extrínseca; todavia, permanece a dúvida quanto à composição das matrizes cartilaginosas, não só dos glicosaminoglicanos que as compõem como, também, quanto à elastina e ao colágeno e suas coligações que podem determinar diferentes graus de consciência à cartilagem.
Nariz de fissurado; Cartilagens alares; Estudo histológico