Foram selecionados transversalmente 78 pacientes portadores de doença do refluxo gastroesofageano (DRGE) segundo critérios rigorosos de pHmetria esofageana ambulatorial de 24h (pHM-24h) e distribuídos em três grupos etários: Grupo A = 14 e = 24 anos, Grupo B = 25 e = 54 anos e Grupo C = 55 e = 64 anos. A pHM-24h foi realizada segundo a padronização de DeMeester e para diagnóstico da esofagite de refluxo utilizou-se classificação de Savary-Miller. Os grupos foram semelhantes em parâmetros da pHM-24h (p>0,05) cujas valores médios estavam acima da normalidade. A comparação entre grupos etários diferentes com parâmetros semelhantes de refluxo ácido não possibilitou qualquer inferência entre intensidade de refluxo ácido e grau de esofagite. Quando os mesmos pacientes foram subagrupados conforme profundidade da lesão epitelial e confrontados nos grupos etários, houve diferença significativa nas esofagites sem solução de continuidade epitelial. Os achados reforçam que a DRGE é uma doença crônica e sem resolução espontânea. As bases de diagnóstico e seguimento da DRGE não podem prescindir da defesa individual em detrimento da quantidade de ácido refluído, sendo ambos importantes.
Esofagite; Refluxo gastro-esofageano; pHM-24h; Classificação Savary-Miller; Endoscopia Digestiva Superior