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Relação entre eventos vitais adversos e estratégias de enfrentamento com o transtorno de pânico

Os relatos da literatura e a experiência clínica tem demonstrado que pacientes com transtorno de pânico são capazes de identificar estressores que precederam o primeiro ataque de pânico. O objetivo deste trabalho é investigar a relação entre eventos vitais, estratégias de enfrentamento a estresse e transtorno de pânico. MÉTODO: Foram comparados 43 pacientes com transtorno de pânico com 29 sujeitos controle no que diz respeito a ocorrência e impacto dos eventos vitais estressores no ano que precedeu o primeiro ataque de pânico. Para tanto utilizou-se a Escala de Reajustamento Social e London Life Event and Difficulty Schedule. As estratégias de enfrentamento foram avaliadas pelo Inventário de Estratégias de Coping. RESULTADOS: O número de eventos vitais estressores relatados por ambos os grupos era estatísticamente equivalente. Os sujeitos do grupo experimental mas não os do grupo controle relataram perda de suporte social como a mais importante classe de eventos vitais. As estratégias de enfrentamento utilizadas em resposta aos eventos estressores foram pouco efetivas e desadaptadas, diferentemente do grupo controle. CONCLUSÕES: O presente estudo indica que não é o número de eventos vitais que determina a relevância de sua ocorrência para os pacientes de pânico, mas as estratégias de enfrentamento utilizadas, bem como o significado adverso atribuído aos eventos e o impacto desses eventos em suas vidas.

Transtorno de pânico; Eventos vitais; Estratégias de enfrentamento; Preditores


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