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Hipofosfatemia em crianças gravemente doentes

Este estudo objetivou realizar revisão da literatura para verificar prevalência, fatores de risco e condições clínicas associadas à hipofosfatemia em crianças gravemente doentes. Para a pesquisa foram utilizadas as bases de dados Medline, Embase, Cochrane Library, Lilacs abrangendo estudos clínicos publicados de janeiro de 1990 a janeiro de 2004. Os termos utilizados para pesquisa foram: critically ill, pediatric intensive care, trauma, sepsis, infectious diseases, malnutrition, inflammatory response, surgery, starvation, respiratory failure, diuretic, steroid, antiacid therapy, mechanical ventilation. Foram excluídos estudos referentes a distúrbios endócrinos, síndromes genéticas, raquitismo, nefropatias, anorexia nervosa, alcoolismo e prematuridade. Dos 27 artigos inicialmente identificados, 8 referiam-se à faixa etária pediátrica, sendo a maioria deles relatos de casos isolados. Nos estudos clínicos selecionados, a prevalência de hipofosfatemia foi superior a 50%. Os principais fatores associados à hipofosfatemia foram realimentação, desnutrição, sepse, trauma, uso de diuréticos e corticoesteróides. Considerando-se a elevada prevalência, as repercussões clínicas e os múltiplos fatores de risco para hipofosfatemia em crianças internadas em unidade de cuidados intensivos, a identificação precoce de pacientes suscetíveis a esse distúrbio é essencial para o tratamento oportuno e prevenção de complicações.

Hipofosfatemia; Crianças; Desnutrição; Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica; Gravemente doente


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