RESUMO
A aparente ausência de sentido existente entre o embelezamento do Viaduto Santa Ifigênia e a tristeza desdobrada na canção de Adoniran Barbosa é o ponto de partida e de chegada deste artigo. O estudo da materialidade poético-musical dessa canção, que tematiza a possibilidade não concretizada de demolição de uma construção histórica, amparado em análises histórico-sociais sobre a formação e o desenvolvimento de São Paulo, norteiam nossa tentativa de interpretação do conjunto da obra do sambista paulista em torno do esforço por tornar visível a perda como núcleo da experiência de quem habita a cidade.
PALAVRAS-CHAVE
Adoniran Barbosa; samba; música popular