RESUMO
Este artigo tem o propósito de ensaiar uma reflexão sobre o lugar-chave ocupado pela inautenticidade como termo de inflexão lógica e sociocultural na formação do regime de autoria artístico-literária no país. Assim, tal como proposto em Ao vencedor as batatas e Um mestre na periferia do capitalismo, examino a contrapartida estabelecida por Schwarz entre a montagem do espaço literário no país e a peculiaridade própria à escrita machadiana, quando esta entrosa cosmopolitismo e localidade no seu discurso. Na parte final do texto rastreio sugestões a respeito das condições de possibilidade sobre a posição de autoria artística singularizada na figura do mesmo Machado de Assis.
PALAVRAS-CHAVE
Inautenticidade; inflexão lógica e sociocultural; regime de autoria; Machado de Assis; Roberto Schwarz