RESUMO
O artigo analisa interações entre membros do empresariado e o governo brasileiro durante o governo Lula, de 2003 a 2010, no âmbito das políticas públicas domésticas e externa nacionais que teriam fomentado as relações com países africanos com vistas a ganhos instrumentais. Defende-se que tanto atores privados quanto estatais, por convergências e/ou associações de interesses, teriam obtido vantagens ao trabalhar sincronicamente. Enquanto o setor privado lograria diminuir seus custos políticos e financeiros com investimentos no exterior, o governo brasileiro, paralelamente, poderia utilizar-se desses investimentos privados como meio de expandir sua influência internacional e lograr seus objetivos. Nesse contexto, foram analisados três casos de empresas brasileiras que realizaram investimentos na África no período indicado.
PALAVRAS-CHAVE
Lobbying; empresariado; política externa brasileira; África; Lula