Com a finalidade de estudar resistência a antimicrobianos, sorotipos e quadro clínico de Streptococcus pneumoniae em São Paulo, Brasil, foram avaliados 50 pacientes com culturas positivas: 7 foram considerados portadores e 43 infectados. Pneumonia e meningite foram as infecções mais freqüentes. A letalidade foi de 34% e doenças de base estiveram presentes em 70%. Resistência relativa a penicilina ocorreu em 24% e a resistência completa não foi detectada. Resistência a tetraciclina ocorreu em 32% e a sulfametoxazol/trimetoprim em 32% e houve uma cepa com sensibilidade intermediária a eritromicina. Não houve resistência a cloranfenicol, rifampicina ou vancomicina. Em 62% dos casos houve resistência a pelo menos uma das drogas testadas. Resultados de sensibilidade utilizando o E-teste resultaram semelhantes aos pelo método de diluição em ágar. Houve 24 sorotipos diferentes e 74% das cepas pertenciam a sorotipos vacinais incluindo todas as cepas resistentes a penicilina. Neste estudo Streptococcus pneumoniae causou infecções graves e houve uma alta incidência de resistência a drogas comumente utilizadas. Os autores recomendam a vigilância rotineira para resistência e o uso adequado de vacinação, além da restrição do uso inadequado de antimicrobianos.