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Doença de Jorge Lobo. Inoculação experimental em camundongos suiços

Foram inoculados por via intradérmica, os coxins plantares traseiros de 64 camundongos Suíços, isogênicos. Os inóculos constituídos de uma suspensão fúngica, obtidos de biópsias de pacientes portadores de Doença de Jorge Lobo, foram submetidos a contagem do número total de fungos em câmara de Neubauer e a determinação da viabilidade segundo técnica do diacetato de fluoresceína-brometo de etídeo (DF-BE). Os animais foram sacrificados em períodos de tempo que variaram de 10 dias a 18 meses pós-inoculação. Um infiltrado celular constituído essencialmente por macrófagos com fungos no seu interior foi aumentando progressivamente até o final da experimentação, entretanto não houve alterações macroscópicas das patas inoculadas. Um pequeno número de células gigantes tipo Langhans começou a aparecer no infiltrado aos 9 meses. Um número considerável de fungos foi observado no período final do experimento, mas quando submetidos a coloração pelo DF-BE somente alguns deles estavam viáveis. Por esse motivo os autores sugerem que existe uma multiplicação de fungos, mas que são destruídos pelos macrófagos e permanecem no tecido um longo período de tempo talvez devido a dificuldade em sua eliminação. Estes achados levam a conclusão que apesar da manutenção da infecção nesses animais, os camundongos Suíços podem não ser considerados um modelo ideal para o estudo da Doença de Jorge Lobo. Entretanto, os autores chamam a atenção para a possibilidade de outras linhagens de camundongos serem mais susceptíveis ao P. loboi.


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