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Leishmaniose visceral canina: avaliação de métodos para detecção de IgG em amostras de soro e eluato

O Ministério da Saúde recomenda a eutanásia de cães sororreatores como controle da leishmaniose visceral canina (LVC). No Município do Rio de Janeiro, a técnica utilizada para o diagnóstico da LVC é o teste de imunofluorescência indireta (IFI), utilizando amostras de sangue eluídas em papel de filtro (eluato). Um levantamento, durante um ano, foi conduzido na região de Carapiá, a fim de avaliar o diagnóstico da LVC nesta região. Todos os animais foram submetidos a exame clínico e coleta de sangue (soro e eluato) para realização do ensaio imunoenzimático (ELISA) e imunofluorescência indireta (IFI). Biópsia de pele foi obtida para o exame parasitológico (cultura). Foram avaliados 305 (89,4%) animais de uma população de 341 cães e Leishmania chagasi foi isolada de nove animais. A sensibilidade e especificidade do ELISA foram de 100% e 96,6%, na IFI (ponto de corte 1:40) de 100% e 65,5%, na IFI (ponto de corte 1:80) de 100% e 83,4% e na IFI (eluato) de 22,2% e 97,0%, respectivamente. A partir dos resultados obtidos podemos concluir que entre as técnicas sorológicas empregadas, o teste de ELISA apresentou-se como a melhor ferramenta para o diagnóstico da LVC. Os resultados sugerem a necessidade de uma melhor avaliação do teste de IFI realizada com eluato, como único método de diagnóstico para LVC no município do Rio de Janeiro.


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