No Brasil um número significativo de mulheres em idade gestacional ainda não foi testado para HIV, representando risco acentuado de transmissão vertical. Nosso objetivo foi determinar o número de gestantes que não foram previamente testadas ou não portavam documentos comprobatórios para HIV, ou seja, o diagnóstico da infecção para HIV através de um teste rápido e a transmissão vertical em gestantes admitidas no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia de um Hospital Universitário Regional. Foram revisados os prontuários das gestantes admitidas entre janeiro de 2001 e dezembro de 2005. Gestantes sem resultados para HIV foram submetidas a um teste rápido. Testes positivos foram submetidos ao teste de ELISA e confirmados por imunofluorescência indireta (IIA) ou Western blot (WB). A carga viral dos recém-nascidos de mães infectadas foi determinada por bDNA. Dentre as 16.424 gestantes analisadas, 6,6% (1.089) não apresentaram resultados comprobatórios. Onze gestantes tiveram resultados positivos no teste rápido e 10 foram confirmadas por ELISA, IIA ou WB com 0,9% de positividade. Mães e recém-nascidos receberam profilaxia com zidovudina e todos os recém-nascidos tiveram carga viral inferior a 50 copias/mL. Foi encontrado um número maior de gestantes previamente testadas para HIV quando comparado à média obtida no país.