A ocorrência de anticorpos antitoxoplasma em gatos domésticos, atendidos no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, foi avaliada pela técnica de imunofluorescência indireta. Foram analisadas 248 amostras de soro sangüíneo de gatos, machos ou fêmeas, portadores de diversas condições mórbidas. Desse total, 17,7% foram reagentes, sendo 64 o título encontrado na maioria dos animais. A freqüência de anticorpos antitoxoplasma foi significativamente maior nos gatos mais velhos, naqueles alimentados de alguma forma com carne crua e naqueles com livre acesso à rua. Não houve diferença significante na freqüência de machos e fêmeas reagentes. Os resultados demonstram que o tipo de alimentação e a manutenção do animal em ambiente exclusivamente domiciliar ou com livre acesso à rua são fatores de risco igualmente importantes na ocorrência da infecção toxoplásmica em gatos.