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Antígenos polissacarídicos e proteicos circulantes de Schistosoma mansoni reconhecidos por antissoros de carneiro em pacientes com diferentes formas clínicas da esquistossomose antes e após o tratamento

Dois antissoros produzidos em carneiros, um dos quais contra a fração polissacarídica (Po) e outro contra componentes protéicos (Pt) de vermes adultos de Schistosoma mansoni, foram avaliados quanto ao seu desempenho na detecção de antígenos parasitários circulantes em pacientes com diferentes formas clínicas da esquistossomose mansônica crônica, através de um ensaio imunoenzimático, (ELISA). O primeiro antissoro revelava antígenos parasitários no granuloma hepático e o segundo, nos glomérulos renais de pacientes com esquistossomose mansônica, bem como em camundongos experimentalmente infectados pelo S. mansoni. Em geral, os níveis bem como a positividade, de antígenos circulantes e anticorpos IgG específicos foram significativamente mais elevados nos pacientes com formas hepatointestinais (HI) e hepatosplênicas (HS) do que em pacientes com formas amenas intestinais (I). Foi observada uma associação entre os antígenos Po e as características clínicas da doença, em vista do nível destes antígenos se encontrar abaixo (137 ng/ml), assim como sua positividade (7.9%) em pacientes com formas I, intermediários (593 ng/ml e 33.3%) naqueles com formas HI e altos (1.563 ng/ml e 50.0%) nas formas HS. Os níveis de antígenos Pt não diferiram estatisticamente nas três formas clínicas estudadas, mas a positividade foi significantemente maior nas formas HS em comparação com as formas I. Os antissoros estudados revelaram perfis distintos de antígenos circulantes e o valor prognóstico dos antígenos Po e Pt foi aventado.


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