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Padronização de um teste imunoenzimático (ELISA) para detectar antígenos tóxicos circulantes do veneno em pacientes picados pelo escorpião Tityus serrulatus

Neste trabalho foram determinadas a sensibilidade e a especificidade da técnica imunoenzimática (ELISA) desenvolvida por CHAVÉZ-OLORTEGUI et al. para detectar antígenos circulantes de veneno em pacientes picados po Tityus serrulatus. A média mais dois desvios padrão da observância do soro de 100 pacientes controles foi utilizada como limite entre teste positivo e teste negativo ("cutoff"). A especificidade do ELISA foi igual a 97,0%. A sensibilidade do método, quando incluidos pacientes classificados como casos leves, moderados e graves de escorpionismo, foi de 39,3% e aumentou para 94,7% quando considerados apenas os casos moderados e graves. Estes resultados mostram que o ELISA pode ser utilizado para detecção de antígenos tóxicos circulantes em pacientes com manifestações sistêmicas de envenenamento escorpiônico mas não deve ser empregado no estudo de pacientes que apresentam apenas dor no local da picada (casos leves). O tempo necessário para a realização do ELISA é superior a 1 hora. Portanto, o teste tem sua utilização limitada para o diagnóstico de envenenamento, mas pode constituir um instrumento útil para o estudo da cinética de neutralização do veneno pelo antiveneno específico.


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