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Cloroquina em dose simples no tratamento da malária por Plasmodium vivax na Amazônia brasileira

As regiões malarígenas da Amazônia brasileira têm se caracterizado por dificuldades no acesso ao tratamento e não aceitação das drogas pelos doentes. Com objetivos de avaliar a eficácia da cloroquina em dose simples de 600 mg, os autores realizaram um ensaio clínico duplo cego, placebo controlado em 132 pacientes portadores de malária por P. vivax. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos: grupo CPLA que recebia 600 mg de cloroquina em dose simples no primeiro dia de tratamento e duas doses de placebo no segundo e terceiro dias de tratamento. Grupo CLO que recebia 600 mg de cloroquina no primeiro dia e 450 mg no segundo e terceiro dias. A média geométrica da densidade parasitária durante o seguimento foi similar em ambos os grupos. Não houve diferenças de cura parasitológica em ambos os grupos (p = 0,442). Observou-se eficácia clínica e parasitológica nos indivíduos que receberam dose simples de cloroquina, indicando a possibilidade de uso restrito a algumas áreas da Amazônia brasileira, contudo, a resposta inadequada de três pacientes sugere a necessidade de outros estudos.


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