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Padrão de infiltração de células do sistema imune na cromomicose: envolvimento de MIP-1 alfa da persistência fúngica

A cromomicose é micose subcutânea crônica sistêmica caracterizada por resposta inflamatória crônica granulomatosa. No entanto, existem poucos dados a respeito do padrão de subtipos de leucócitos na cromomicose e sobre as vias envolvidas no recrutamento destas células. O objetivo deste trabalho foi avaliar os tipos celulares, bem como a expressão de quimiocinas, receptores de quimiocinas e enzimas em lesões de cromomicose. O infiltrado inflamatório foi caracterizado por meio de técnica imuno-histoquímica utilizando os seguintes marcadores CD68 (macrófagos), S100 (células de Langerhans), CD3, CD4, CD8, CD45RO, CD20 e CD56 (linfócitos) e CD15 (neutrófilos). A expressão de MIP-1alfa (Proteína Inflamatória do Macrófago-1alfa), receptores de quimiocinas (CXCR3 e CCR1) e enzimas (superóxido dismutase-SOD e óxido nítrico sintase induzida-iNOS) foi avaliada pelo mesmo método. Observou-se um aumento de todas as populações celulares avaliadas em relação às amostras controle. As populações de células CD15+ e CD56+ foram significativamente menores que células CD3+, CD4+, CD20+ e CD68+. A análise estatística revelou uma correlação positiva entre o número de fungos com as células CD3, CD45RO e iNOS-positivas. A expressão de MIP-1alfa foi também associada às populações de células CD45RO, CD68, iNOS e CXCR3 positivas. Nossos resultados apontam para um possível papel de MIP-1alfa e da persistência fúngica na infiltração de células inflamatórias nos sítios de cromomicose.


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