Os autores registram caso de hialo-hifomicose subcutânea por Acremonium recifei em paciente branca, imunocompetente, natural da Bahia, com história de traumatismo no dorso da mão direita. A lesão era indolor, com edema, inflamação, presença de fístulas, secreção seropurulenta, e ausência de grãos. O exame histopatológico mostrou hifas septadas hialinas pela hematoxilina-eosina. Cultura positiva para Acremonium recifei, espécie identificada em 1934, pela primeira vez, por Arêa Leão & Lobo, com o nome de Cephalosporium recifei, de um caso de eumicetoma podai por grãos branco-amarelados. Tratamento com itraconazol, 200 mg ao dia, com evolução favorável e cura do processo. No Brasil, trata-se do primeiro registro de hialohifomicose provocado por esta espécie, cujo habitat deve ser o solo.