Quantificação da população e atividade fagocitária de hemócitos de cepas resistentes e suscetíveis de Biomphalaria glabrata e Biomphalaria tenagophila infectadas com Schistosoma mansoni Entre os fatores determinantes na resistência e suscetibilidade da Biomphalaria ao Schistosoma mansoni, os hemócitos desempenham importante papel. Com o objetivo de estudar as interações S. mansoni/Biomphalaria relativas aos hemócitos o primeiro passo é certamente relacionado à padronização desta população de células em Biomphalaria não infectada. Desta forma a quantificação desta população de células na hemolinfa bem como sua capacidade fagocitária foi determinada pela primeira vez. Além disso, usando cepas de B. glabrata e B. tenagophila suscetíveis e resistentes, o hemocitograma e a capacidade fagocitária dos hemócitos, após infecção com S. mansoni, foram também determinados. Cepas de B. glabrata (BA e BH respectivamente) resistentes e suscetíveis bem como cepas de B. tenagophila (Taim e CF respectivamente) foram infectadas com 10 miracídios das cepas LE e SJ de S. mansoni, respectivamente. Estes caramujos infectados e respectivos controles não infectados foram avaliados em relação ao número de hemócitos circulantes e alteração da capacidade fagocitária, usando Zimozan e MTT. A leitura foi feita por meio de espectrofotômetro com cinco horas e 1,2,5,10,20 e 30 dias após a infecção. Os resultados mostraram diminuição na população de células fagocitárias circulantes, cinco horas após a infecção. Um dia após a infecção as células circulantes dos caramujos suscetíveis mostraram aumento da atividade metabólica, mas o mesmo fato não pode ser observado nas cepas resistentes. Nos períodos de observação subseqüentes, diferenças significantes entre as cepas estudadas não puderam ser observadas até o final do experimento