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Soro-conversão e avaliação das alterações renais em cães infectados por Leishmania (Infantum) chagasi

Este estudo investigou o período em que o cão torna-se positivo para leishmaniose visceral (VL) em área endêmica e as alterações renais no período recente pós-infecção. Cães negativos para VL foram avaliados clinicamente a cada três meses por testes sorológicos, parasitológicos e bioquímicos até a soro-conversão e seis meses após. Foram colhidos tecido renal de seis cães, submetidos a processamento de rotina e corados com HE, PAS e Masson e as lesões foram classificadas com base nos critérios da OMS. Dos 40 cães nagativos para VL, 25 (62,5%) apresentaram sorologia positiva durante o estudo. Desses, 15 (60%) tornaram-se positiva nos primeiros três meses, cinco (20%) tornaram-se positivas dentro de seis meses e cinco (20%) tornaram-se positivas dentro de nove meses. Os cães apresentavam títulos de anticorpos entre 1:40 e 1:80, e 72% mostraram sinais clínicos. Antígeno de Leishmania estava presente no rim. Foram encontrados níveis mais elevados de proteína total e globulina, e menores níveis de albumina em cães infectados quando comparados aos controles. Além disso, os cães infectados apresentaram níveis de uréia e creatinina maior do que os cães controles. Glomerulonefrite foi observada em cinco cães. Os resultados sugerem que em Teresina a soro-conversão para VL ocorre rapidamente e os cães apresentam proteínas séricas anormais e alterações na estrutura e função dos rins em um período recente pós-infecção.


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