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Exame de fezes e biópsia retal no diagnóstico e controle de cura da esquistossomose mansoni

Em um grupo de 217 adultos do sexo masculino selecionados através de ELISA ou intradermoreação, realizaram-se seis exames de fezes pelos métodos de Lutz/Hoffman, Pons e Janer (Lutz/HPJ) e Kato/Katz e um oograma da mucosa retal, observando-se positividade em 44,7%, 47,5% e 40,1%, respectivamente. A análise comparativa dos resultados mostrou: 1) aumento da sensibilidade de ambos os métodos de exames de fezes até a terceira amostra examinada; 2) maior sensibilidade da biópsia retal quando comparada ao exame de uma única amostra fecal pelos métodos de Lutz/HPJ ou Kato/Katz; 3) igual sensibilidade pelo exame de duas a cinco amostras fecais pelo método de Kato/Katz ou duas a seis amostras pelo método de Lutz/HPJ e a biópsia retal; 4) sensibilidade superior de seis amostras fecais pelo método de Kato/Katz, quando comparado à biópsia retal; 5) igual sensibilidade entre o mesmo número de amostras examinadas pelos métodos de Lutz/HPJ e Kato/Katz. Para avaliar a cura parasitológica, os últimos 40 pacientes do grupo A, tratados com oxamniquine oral, dose única, 15 mg/kg foram acompanhados durante seis meses (Grupo B). O controle de cura incluiu três exames de fezes mensais, pelos métodos de Lutz/HPJ e Kato/Katz no 1º, 3º e 6º meses e uma biópsia retal, entre o 4º e 6º meses após o tratamento. Os exames foram negativos em 87,5%, 90,0% e 95,0% dos pacientes tratados e avaliados pelos métodos de Kato/Katz, Luiz/HPJ e biópsia retal, respectivamente. O percentual de cura com a oxamniquine foi de 82,5%, quando considerados os três métodos de controle parasitológico associados e, não houve diferença estatística entre o número de casos considerados curados por um deles.


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