A técnica de imunoprecipitação ELIEDA (enzyme-linked-immuno-electro-diffusion-assay) foi avaliada para fins diagnósticos da esquistossomose mansoni em pacientes com baixa carga parasitária. Amostras de soros de 50 pacientes com exame de fezes positivo para S. mansoni (carga parasitária < 600 ovos por grama de fezes = opg) e 50 não esquistossomóticos (30 com outras afecções e 20 normais) foram estudadas. Em pacientes com carga parasitária acima de 200 opg, a sensibilidade da técnica de ELIEDA, tanto para anticorpos IgG como IgM, respectivamente 1,000 e 0,923, não diferiu da observada para outras reações sorológicas, como a de hemaglutinação (RHA), imunofluorescênca (RIF) e imunoeletrodifusão (IED). Entretanto, naqueles com baixa carga (< 100 opg), a ELIEDA-IgG mostrou resultados mais satisfatórios (0,821) que a ELIEDA-IgM (0,679), apresentando sensibilidade que não diferiu à da RIF-IgG (0,929); apesar de inferior à da RIF-IgM (0,964), a sensibilidade da ELIEDA-IgG foi superior à da RHA (0,607) e à da IED (0,536). Quanto à especificidade, esta foi comparável à dos demais testes estudados. Os dados indicam que a ELIEDA-IgG pode ser útil para diagnóstico da esquistossomose, mesmo em pacientes com pequena carga parasitária, com a vantagem de permitir estudos retrospectivos através da análise posterior das fitas de acetato de celulose que podem ser armazenadas e arquivadas.